setor externo
6.1 O COMÉRCIO INTERNACIONAL
É muito difícil no mundo de hoje conceber a idéia de uma nação que seja economicamente auto-suficiente ou que permaneça em completo estado de isolamento. O comércio de mercadorias e serviços e os movimentos internacionais de capitais são a tônica dominante do mundo moderno, e como tal adquirem importância considerável na atividade econômica de uma nação. Os possíveis efeitos que o comércio internacional tem sobre uma economia já foi estudado desde a obra de Adam Smith, e os desdobramentos dessa discussão em termos de benefícios do livre comércio versus o protecionismo da atividade econômica também já vem sendo estudado há bastante tempo.
As relações comerciais mantidas pelos diversos países fundamentam-se no fato de nenhum deles ter a capacidade de produzir todos os bens de que necessitam, seja pela escassez de matérias-primas para a produção de bens e serviços, seja pela falta de conhecimento técnico suficiente para produzir determinados bens.
Por outro lado, muitos países importam muitas mercadorias e serviços que poderiam ser produzidos por eles mesmos. A justificativa para os intercâmbios internacionais baseia-se fundamentalmente no fato de que todas as nações possuem recursos e capacidades tecnológicas muito diferentes. Essas diferenças podem ser resumidas nos seguintes pontos: (i) condições climatológicas; (ii) riqueza mineral; (iii) tecnologia; (iv) quantidade disponível de mão-de-obra; (v) quantidade disponível de capital; e (vi) quantidade disponível de terra cultivável. Assim, temos:
• Condições Climatológicas: os países têm climas diferentes e produzem bens e serviços compatíveis com esse clima. Desse modo, se um país do norte da Europa quer consumir cocos, por exemplo, terá que importá-los dos países tropicais.
• Riqueza Mineral: os minerais existentes no subsolo dos países são diferentes. Assim, o Brasil, que não é auto-suficiente em trigo, tem de importá-lo