Setor de bebidas 2004
PP – Relatório do Setor Brasileiro de Bebidas
A indústria brasileira de bebidas reveste-se de considerável importância para a economia nacional, em virtude não apenas do valor da produção, como também em função do elevado dinamismo que tem apresentado recentemente. Estima-se que o consumo médio de alimentos líquidos de uma pessoa seja em torno de 730 litros por ano. Considerando-se que, no Brasil, o total de consumo por pessoa por categoria de bebida (café, refrigerantes, cerveja, água envasada, chá, bebidas alcoólicas, sucos e outras) é de cerca de 246 litros/ano, pode-se admitir que a diferença entre o limite de 700 litros e o total de 246 litros corresponderia ao consumo de água. Com isso, queremos mostrar que, no caso brasileiro, o limite máximo para o crescimento do consumo no mercado de bebidas gira em torno de 484 litros por pessoa, uma vez que a maior parte da composição das bebidas também é água. No caso de um país de dimensões continentais como é o Brasil, a localização espacial das plantas industriais próximas ao mercado consumidor e a constituição de redes de distribuição com capacidade para alcançar as mais distantes localidades são variáveis importantes e cruciais para a estratégia das grandes empresas. Em geral, o investimento na formação de uma rede de distribuição é equivalente a aproximadamente três vezes o valor do investimento físico na planta industrial. Outra peculiaridade marcante do setor de bebidas é sua forte dependência do crescimento da renda da população, uma vez que o fator preço ainda é o principal determinante do consumo nesse mercado. Assim, mesmo que as empresas invistam em qualidade e fixação de marca, a competição é baseada no preço do produto final ao consumidor. Os diferentes segmentos que constituem o setor de bebidas podem ser agrupados da seguinte forma:
I – Água envasada
• Potável
• Mineral
• Mineralizada