Set-up básico de um laboratório de cultura de células
O cultivo de células se iniciou no início do século XX. Essa técnica foi desenvolvida como um método para estudar o comportamento de células animais fora do organismo, em um meio ambiente controlado. E essa técnica ainda é uma importante ferramenta de pesquisa nos laboratórios do mundo inteiro. (Alves e Guimarães)
A motivação pela qual se faz cultura celular, hoje, é por conta de que permite estudos acerca da biologia celular, do câncer, células tronco, pode-se fazer cultura de células embrionárias, tem aplicação na terapia gênica. Ou seja, há, atualmente, vários fatores que contribuem para o estudo e desenvolvimento da cultura de células. (Mosmann, 1983)
Existem dois tipos de modo de propagação na cultura de células: em suspensão, onde as células crescem sem estarem aderentes entre si ou ao suporte sólido do frasco e em monocamada, onde crescem aderindo ao suporte sólido e entre si. Há, também, a classificação das células, quanto à natureza delas: células primárias, as quais resultam diretamente de um órgão ou tecido animal; células secundárias, que derivam de subculturas das primárias e células contínuas, que provêm de tecidos cancerosos ou de células primárias e secundárias que sofreram transformação. (ECACC)
Quando se trabalha com cultura de células, é indubitável que faz-se necessário a existência de um ambiente estéril, pois as células são cultivadas em meios ricos em nutrientes, onde há grande possibilidade de ocorrer a propagação de microrganismos contaminantes. O local reservado a cultura, a conduta durante a execução dos experimentos é fundamental para a manutenção do ambiente, incluindo a assepsia do material e objetos utilizados. Esterilização é a destruição de todas as formas de vidas microbianas, bacterianas, fungos e esporos, portanto, um objeto estéril está totalmente livre de microrganismos viáveis e outros agentes infectantes. Os agentes físicos empregados normalmente para a esterilização desses objetos são autoclavagem,