Será a clonagem reprodutiva moralmente aceitável

Será a clonagem reprodutiva moralmente aceitável?
Ana Raquel Ribeiro Serra nº6
Escola Secundária Dom Manuel Martins
11º ano de Filosofia
Turma B O presente trabalho irá se debater sobre o problema actualmente discutido sobre a clonagem reprodutiva. Será moralmente aceitável a clonagem? Apesar de coexistir também a clonagem terapêutica, esta não vai ser disputada. A posição que irei tomar é a favor à existência da clonagem. Este tipo de clonagem tem sido posto em causa, propondo-lhe diversas objecções, ao qual foi possível proibir a clonagem humana. Mas os indivíduos têm direito à autonomia reprodutiva, e se os impedirmos a efectuar clonagem reprodutiva estaremos a tirar-lhes esse direito. Para além disto, a clonagem poderia permitir que os casais inférteis e homossexuais adquirissem filhos ligados geneticamente a pelo menos um progenitor e também permitiria a evolução da investigação cientifica relacionada com o ser humano, isto é, possibilitaria a capacidade de percepção de doenças genéticas. A primeira objecção que se obtém é a do argumento da identidade, segundo o qual afirma que a clonagem é moralmente errada dado que priva os indivíduos de uma identidade própria, comprometendo a sua dignidade. 1
A seguir acompanha-se uma segunda objecção, designada argumento das relações familiares. Esta objecção refere-se à criação de relações familiares atípicas e artificiais formadas pela clonagem. Ou seja, segundo esta objecção a clonagem com fins reprodutivos altera a relação entre pais e filhos em comparação com o normal meio de reprodução. Existe poucas probabilidades de se definir os progenitores do individuo clonado, já que este não recebe 23 cromossomas, apenas arrecada o ADN mitocôndrico da mãe e recebe 46 cromossomas do pai. Sendo assim possível duvidar que os clones possam ter pais como os indivíduos reproduzidos naturalmente. 2
A terceira objecção corresponde ao argumento do risco de instrumentalização, onde se afirma que a clonagem conduz à