Serviços da logistica reversa da natura
Revista :Tecnologística Maio 8/ 2012
O assunto planejamento de estoques de materiais MRO (manutenção, reparo e operações) está cada vez mais em foco e fazendo parte das discussões de redução de custos das maiores empresas brasileiras. Softwares especializados são cada vez mais usados, marcas internacionais fazem suas primeiras vendas, e empresas se especializam em prestar este tipo de serviço. Porém, a maior parte do que é falado sobre este assunto raramente sai dos conceitos estatísticos dos inúmeros algoritmos e curvas de probabilidade usadas para este ou aquele modelo, ou de quanto é difícil prever o consumo e o estoque de segurança para garantir determinada disponibilidade de material. Aplicações estatísticas especializadas para a realidade MRO são muito importantes para otimizar os resultados, mas como implementar estas ferramentas? Como adequar os processos e a organização a estes conceitos? Quais são os pré-requisitos para um melhor planejamento de estoques de MRO? Como estruturar uma área que garanta resultados sustentáveis?
O objetivo da gestão de estoques é garantir o nível de serviço desejado ao menor custo logístico possível, buscando otimizar o somatório dos custos de manutenção de estoques, colocação de pedidos e falta (ruptura de estoque). A figura 1 apresenta os custos envolvidos na gestão de estoques e seus principais componentes.
Para otimização destes custos é necessário determinar para cada SKU (Stock Keeping Units) seu nível ideal de estoque, a partir do dimensionamento de seus parâmetros de estoque, como lote de ressuprimento, ponto de pedido e estoques de segurança. Se por um lado baixos níveis de estoque podem levar a perdas de economias de escala e altos custos de falta, por outro lado o excesso de estoques representa custos operacionais e de oportunidade do capital empatado. Dimensionar os parâmetros de estoque com base neste trade-off não é uma tarefa