Serviço social
Pode-se definir pesquisa participante como uma modalidade de pesquisa que tem como propósito “auxiliar a população envolvida a identificar por si mesma os seus problemas, a realizar a análise crítica destes e a buscar as soluções adequadas” (LE BOTERF, 1984).
Trata-se portanto, de um modelo de pesquisa que difere dos tradicionais porque a população não é considerada passiva e seu planejamento e condução não ficam a cargo de pesquisadores profissionais. A seleção dos problemas a serem estudados não emerge da simples decisão dos pesquisadores, mas da própria população envolvida, que os discute com especialistas apropriados.
Caracteriza-se pela interação entre os pesquisadores e os membros das situações investigadas. Envolve, além da distinção entre ciência popular e ciência dominante, posições valorativas, derivadas sobretudo do humanismo cristão e de certas concepções marxistas. Ademais, mostra-se bastante dirigentes e dirigidos, e pó essa razão tem-se voltado, notadamente, para a investigação junto a grupos desfavorecidos, tais como os constituídos por operários, camponeses, índios, etc.
Consiste num conjunto de instrumentos . os questionários, as amostragens, os relatórios, os roteiros de entrevistas, o quadro de analise, os cronogramas, as fichas de informações, a formulação de hipóteses, as técnicas de analise do conteúdo etc.
Pesquisa participante X pesquisa ação
Existem algumas semelhanças entre a pesquisa participante e a pesquisa-ação, pois ambas caracterizam-se pela interação entre os pesquisadores e as pessoas envolvidas nas situações investigadas. Mas a principal diferença está no caráter emancipador da pesquisa participante. Enquanto a pesquisa ação supõe alguma forma de ação, que pode ser de caráter social, educativo, técnico ou outro, a pesquisa participante tem como propósito fundamental a emancipação das pessoas ou das comunidades que a realizam.
Essas diferenças tem muito a ver com a origem das duas