Serviço social
O autor aborda a temática das mudanças em curso no mundo do trabalho, revela as tendências encontradas nos países de capitalismo avançado, onde a classe trabalhadora apresenta-se cada vez mais complexa, fragmentada e heterogênea. Acentua o caráter contraditório dessas mudanças onde, de um lado, há um processo de qualificação do trabalho através de sua maior intelectualização e, de outro, o processo inverso de desqualificação ou precarização do trabalho, além do que, as transformações apontam ainda para a redução do número de trabalhadores do setor fabril e o extraordinário incremento no setor de serviços, bem como, a redução dos empregos em tempo integral, acompanhada simultaneamente, pelo crescimento do trabalho em tempo parcial, precário e subcontratado, além do incremento do trabalho feminino. Neste capítulo, verificou-se que o autor aponta para a fragmentação, complexificação e heterogeneização da classe trabalhadora; qualificação e desqualificação do trabalho; desemprego estrutural; incremento do trabalho feminino e o trabalho precário, temporário, parcial, subcontratado e terceirizado. O resultado destas transformações é a constituição de uma classe trabalhadora cada vez mais complexa e heterogênea.
O mais brutal resultado dessas transformações é a expansão, sem precedentes na era moderna, do desemprego estrutural, que atinge o mundo em escala global. De maneira sintética há uma processualidade contraria que, de um lado, reduz o operariado industrial e fabril; de outra, aumenta o subproletariado, o trabalho precário e assalariado no setor de serviços, que incorpora o trabalho feminino e exclui os mais jovens e os mais velhos. A presença feminina no mundo do trabalho nos permite acrescentar que, a consciência de classe é uma articulação complexa, comportando identidades e heterogeneidades, entre singularidades que vivem uma situação particular no processo produtivo e na vida social, na esfera da materialidade e da