serviço social
Até a sua reconceituação, o serviço social entrou em uma crise. Começaram questionamentos sobre a sua ligação com as classes dominantes, sua extrema burocratização; a sua ligação com a igreja e o conservadorismo que essas ligações implicavam e a inserção do movimento estudantil no serviço social.
Durante essa crise nasce, nos países latino-americanos, o Movimento de Reconceituação do Serviço Social Latino Americano. Os países envolvidos eram Chile, Argentina, Peru e o Uruguai. O movimento tinha a intenção de romper com as práticas conservadoras do serviço social tradicional e pretendiam construir uma nova identidade da profissão. Uma identidade que atenderia as demandas da classe trabalhadora e não do Estado.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social foi um dos responsáveis pela mudança no serviço social. Mesmo que por muito tempo ele tenha ficado recluso dentro da academia, pois durante a sua efervescência a ditadura na América Latina dificultou à continuidade das lutas desse movimento.
Referência: O Movimento de Reconceituação do Serviço Social e o Processo de Renovação Critica da Profissão a Partir da Década de 1980 no Brasil. OMENA V. C.
Marcos e marcas do legado marxista no Serviço Social brasileiro Em toda a ciência o difícil é o começo (MARX apud FERNANDES, org., 1989, p. 9). Os primeiros contatos entre o Serviço Social e a tradição marxista ocorreram ao longo do “processo de reconceituação”, ou seja, a partir de um movimento de cunho latinoamericano, de caráter necessariamente sincrético e multifacetado, que suscitou um intenso debate teórico-metodológico entre os assistentes sociais e consumiu uma década (de 1965 a 1975 – não exatamente). Esse processo