Serviço social
O movimento feminista é um movimento sociocultural, que luta por justiças e equidade nas relações entre homens e mulheres e, sobretudo, luta para garantir os direitos humanos, principalmente o das mulheres em função do alto nível de violência e discriminação que padecem.
Nesse sentido, o serviço social tem importante papel na mediação das relações de gênero ao reconhecer que essa é uma questão relevante, especialmente no tocante à garantia dos direitos de homens e mulheres e no combate à violência e discriminação.
A partir dessa perspectiva, disserte sobre o tema gerador indicado acima, usando como referência o texto de Teresa Kleba Lisboa –
Gênero, feminismo e Serviço Social – encontros e desencontros ao longo da história da profissão,
Uma primeira crítica ao Serviço Social é dirigida aos estatutos acadêmicos da profissão. Em seu processo histórico de consolidação no Brasil e na maioria dos países latino-americanos, o Serviço Social teve como base os princípios da doutrina social da Igreja, que imprimiram na profissão um “espírito de apostolado”, configurando-a como uma profissão a ser exercida por mulheres, como uma “vocação”, com papéis específicos definidos pela sociedade para mulheres: o cuidado, a tutela, a ajuda, que por sua vez requerem abnegação, entrega de si, ser para os outros, enfim “naturalizando” a responsabilidade da profissão como uma carreira destinada majoritariamente a mulheres.
Uma verdade não está pré definida, ela faz parte de um contingente contextual que deve ser mediado por diferentes concepções teóricas que perpassam as questões de classe, de gênero, de raça/ etnia, que por sua vez se fundamentam em múltiplos tipos de saberes.
Os estudos de gênero nos convidam a olhar e a pensar de maneira diferente sobre nossa condição histórica e sobre a origem das desigualdades sociais. Convidam-nos a extrapolar fronteiras, sermos flexíveis, deixar-nos mover, captar o cotidiano e a realidade das pessoas