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Duas pesquisas recentes parecem indicar que as remessas enviadas por brasileiros são bastante mais elevadas que as dos "hispânicos". Segundo Bendixen (apud MARTES, 2004), 1,3 milhão de brasileiros recebem US$ 4.150,00 por ano; a metade desses recursos seria enviada por brasileiros que moram nos Estados Unidos. Utilizando dados primários coletados na área de Boston, Martes relata que a média do valor de envio ascenderia, na realidade, a US$ 6.535,00 por entrevistado/ano. Extrapolando os dados de Rossi (2004), podemos estimar que os brasileiros em Portugal estariam enviando em torno de US$ 5.000,00 por ano.
A maioria das migrações recentes oriundas da ALC termina nos Estados Unidos. De acordo com os dados censitários, havia 8,4 milhões de migrantes da ALC residentes nos EUA em 1990; esse número aumentou para 15 milhões no ano 2000. Nesse momento, a metade dos migrantes nos EUA era originária da ALC. Quando se considera a condição étnica da população migrante, esse volume aumenta sensivelmente; o Censo Demográfico dos EUA de 2000 estabeleceu que a população "hispânica" ou "latina" era de 35,3 milhões; destes, 58,5% declaravam ser de origem mexicana (CASTILLO, 2003, p. 11).
Dados ainda não publicados do Census Bureau dos Estados Unidos indicam que o número de imigrantes naquele país vem-se multiplicando durante os últimos anos. De acordo com esses dados, a população total de imigrantes teria subido de 30 para 34 milhões entre 2000 e 2004. Desse aumento, estima-se que pelo menos a metade seria de imigrantes ilegais ou indocumentados. Além de indicar um crescimento significativo na taxa de imigração para os Estados Unidos durante os últimos anos, essas cifras sugerem que a imigração para aquele país não flutua diretamente com a dinâmica econômica do país receptor (pois se trata de um período de relativa estagnação econômica). Também pareceriam indicar que