Serviço Social
Ed. Brasiliense. São Paulo. 1983 - ESTEVAO, Ana Maria Ramos.
Trata-se de livro explicativo sobre as origens da profissão, suas transformações ao longo do tempo e o trabalho de Assistente Social na atualidade. A autora inicia o livro desmistificando a visão que a maioria das pessoas tem de que a "assistente social é aquela moça boazinha que ajuda os pobres", e explica que embora nas origens mais profundas do Serviço Social isso não seja uma visão tão errônea, hoje, ainda que seja uma profissão predominantemente feminina e tenha relação direta com a classe trabalhadora, não se trata de caridade e sim de conquista de direitos. A profissão surge então ao lado do desenvolvimento do capitalismo, como instrumento do Estado e da Igreja, onde era realizada a caridade de caráter assistencialista. Funda-se em 1899, em Amsterdã, a primeira escola de Serviço Social, protagonizado pelas damas de caridade, a profissão consistia em uma ajuda inicial e conselhos bem dirigidos. A partir das muitas contradições do serviço social, Mary Richmond, uma assistente social norte-americana, no início do século XX passa a escrever a respeito e como a profissão deveria ser exercida. É a primeira a diferenciar "assistência social", caridade, e filantropia do Serviço Social propriamente dito, e a partir de então a profissão começa a caminhar para o que conhecemos hoje. Por volta de 1960, o serviço social assume propostas desenvolvimentistas; propostas estas levadas a efeito no Brasil pelos governos Juscelino e Jânio Quadros. Sua atuação torna-se mais técnica, fundamenta-se na busca de neutralidade, frieza e distanciamento em relação aos problemas tratados e no aprimoramento dos métodos. Na segunda metade da década de 60, surge entre os assistentes sociais o que se denominou de Geração 65, ou seja, o Serviço Social conhece a luta de classes. Começa-se a lutar por um Seviço Social com feições próprias, com métodos e técnicas mais