Serviço social

Anexos
Entrevista com a Assistente Social Sheila dos Santos Fonseca, formada na UERJ, atua no Serviço Social da Rede FAETEC (Fundação de Apoio á Escola Técnica) há nove anos. 1. Fale sobre a importância do Serviço Social em conjunto com as instituições de ensino. Existem resistências?
Sheila: É uma ação multidisciplinar, a gente fala nas expressões da questão social, que ela tem um desdobramento enorme em uma rede de ensino, principalmente em uma rede extra, como é a FAETEC, que abrange o estado inteiro. É uma rede que vai desde a educação infantil até o ensino superior com formação de professores, e aqui nós atendemos de tudo, desde as questões de dependência química, como situações em que o aluno sofre risco eminente de morte, situações de risco, preconceito, questões de intolerância seja ela religiosa ou quanto a opção sexual. Nós recebemos casos aqui onde o garoto mora em uma região de riscos e o professor não vê que ele passa a noite acordado sendo vítima de torturas, correndo risco de morte no quintal de casa e esse aluno chega à escola dormindo e o professor trata esse caso como se o menino fosse um vagabundo, desatento e/ou preguiçoso. Então, essas são as demandas que nós temos aqui, e, se não fosse o Serviço Social, elas estariam sendo discutidas no âmbito da escola numa perspectiva simplesmente pedagógica e não socioeconômicas e culturais.
Então, eu acho que toda rede, seja ela da educação infantil, seja ela do ensino superior, deveria ter uma equipe multidisciplinar composta não só por assistentes sociais, mas por psicólogos também. 2. Jovens em condição de maior vulnerabilidade social, muitas vezes apresentam dificuldades de acesso e permanência tanto no ensino básico como no superior. De que forma o Assistente Social pode intervir para garantir ações e medidas que impeçam a evasão?
Sheila: Essa pergunta tem muito a ver com a 1ª, se você não tem um olhar diferenciado para certas situações você vai ver só o ponto focal. Esse exemplo do