Serviço Social
O Estado é a instancia que se diz representar o interesse universal, mas representa o de uma classe, assim seu cumprimento universal é reproduzido do interesse da classe dominante.
Assim, o Estado aparentemente cumpre a universalidade, porém sua realidade efetiva é bem particular, na medida em que ele garante a organização das condições gerais de um sistema social, no qual é a burguesia que existe como classe dominante.
Em uma passagem Marx escreverá a verdadeira relação entre Estado e sociedade civil.
“ tanto as relações jurídicas como as formas de Estado [...] se baseiam [...] nas condições materiais de vida cujo conjunto Hegel resume [...] sob o nome de “sociedade civil”, e que a anatomia da sociedade civil, precisa ser procurada na economia política [...]na produção social de sua vida, os homens contraem determinadas relações necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada fase de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta a superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social (Marx, 1977, p. 301).
Segundo Netto, a autonomia que Hegel confere ao Estado, à esfera política, é dissolvida pela remissão à vida social. São os interesses de classe, sua correlação de forças, relação de produção que determinam o Estado; sendo essas suas leis, normas, autoridades, instituições.
Em A questão judaica (s.d., publicado originalmente em 1844), Marx retoma a divisão do homem em cidadão público e individuo privado, entre universalidade e particularidade. Onde essa polêmica, é proposta com a “emancipação política” de Roasseau.
Marx afirma também que: “ O Estado político perfeito é, pela sua própria essência, a vida genérica do homem por oposição à sua vida material. Todas as premissas dessa