Serviço social

Num primeiro momento o texto faz menção sobre a relação da profissão com o ideário católico, no nascimento do Serviço Social brasileiro. Essa relação interferiu no caréter da profissão tendo uma abordagem da "questão social " como um problema moral e religioso e, mais ainda, tem uma intervenção que coloca o indivíduo como responsável dos problemas e um entendedor de suas necessidades materiais, morais e sociais. Os influentes orientadores no pensamento e da ação do emergente Serviço Social, tem seu berço na Doutrina Social da Igreja, no iderário franco-belga de ação social e no pensamento de São Tomás de Aquino: o tomismo e o neotomismo. Nessa relação com a igreja da Serviço Social tem um posicionamento de cunho humanista conservador que repudia ideários liberal e marxista. O conservadorismo católico que caracterizou os anos iniciais do Serviço Social começa a ser tecnificado ao entrar em contato com o Serviço Social norteamericano e suas propostas de trabalho que é permeado pelo caráter conservador da teoria social positivista.
A profissão é legitimada com o assalariamento e seu espaço na divisão socio técnica do trabalho. O Serviço Social entra frente ao cunho positivista, com o intuito de amplificar as referências técnicas na profissão. Iamamoto (1992:21) denomina esse processo de " arranjo teórico doutrinário" , o que é caracterizado pela união do discurso humanista cristão com o suporte técnico-cientifico de inspiração na teoria social positivista. Na America Latina o Serviço Social é reconfgurado diante de mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais que expressam, nos anos 60, as novas configurações que caracterizam a expansão do capitalismo mundial, que impõem à América Latina um estilo de desenvolvimento excludente e subordinado. A profissão assume as inquietações e insatisfações deste contexto histórico e direciona seus questionamentos ao Serviço Social tradicional através de um amplo movimento, de um processo de revisão global, em