qual a classe proletária se submetia. Às vezes quase sempre sem opções de escolha e desamparada por leis, leis essas que fortalecia e protegia somente a burguesia, por exemplo, a Lei do Assentamento de 1563, que impedia os camponeses de mudar de aldeia sem permissão do senhor local e a Lei dos Pobres, de 1597, que declarava indigentes e retirava o direito de cidadania econômica daqueles que fossem atendidos pelo sistema de assistência pública. Dessa forma o trabalhador era recrutado praticamente a força, pois sobravam poucas alternativas, a não ser ingressar no mercado através do trabalho assalariado. Contudo, a burguesia ganhava forças, mantinha sob controle a força de trabalho e expandia seu capital. E as diferenças de classes se acentuavam cada vez mais, introduzindo importantes alterações na estrutura, relações e processos sociais. Outros agravantes surgem no decorrer da história, prejudicando ainda mais a classe subalterna. Segundo Martinelei comenta que esta é, portanto, uma história viva, candente, multidimensional, plena de movimento, pulsando com a própria vida. Com contradições internas de diferentes períodos, que imprime um movimento contraditório e complexo. Nesse período podemos observar esses constantes movimentos da história, as alterações e as lutas entre as classes. Convém salientar como uns dos grandes e importantes agravantes, com suas contradições e complexidades como nos mostra a autora, a questão da Revolução Industrial no final do século XVIII. Os trabalhadores que já vinham sofrendo as consequências do crescimento do capitalismo se veem substituídos com sua força de trabalho pelas máquinas, consequentemente advindas da Revolução Industrial que assolava toda a Europa Ocidental causando grandes efeitos nas fábricas e também até atingindo a sociedade como um todo. A autora compara a Revolução Industrial como um cavalo de Tróia, que abrigava em seu interior uma revolução econômica e uma revolução social que mudaram a face do século XIX. Até