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Alguns Apontamentos Sobre a Política Pública Imigratória em São Paulo: (1886-1896)

por Kátia Cristina Petri

A aquisição de braços livres, que venhão supprir os escravos, cujo numero diariamente diminue, e que dentro em pouco desaparecerá completamente do Brasil, constitue com certeza uma das questões de maior alcance e que se prende aos mais vitaes interesses do Imperio. (...) (Pinto Lima, 1872)
Depois da extincção do trafico de africanos, voltou-se o pensamento de nossos estadistas para este assumpto, de que dependia em grande parte a sorte do Imperio. [...] Uma vez exhausta a fonte que, com opprobio da nossa já adiantada civilisação, fornecia ao Imperio braços servis para sustentação da sua lavoura, rotineira como a haviamos herdado das gerações coloniaes, era de prever que não longe estivesse o dia em que a escravidão, condenada pelos sentimentos de humanidade como pelas luzes do seculo, fosse extincta por disposição de Lei civil. (Costa Pereira, 1872)
O declínio da escravidão, através das leis imperiais de 1850, 1871 e 1885555555[3] pode ser apontado como um marco nas relações produtivas agrícolas em meados do século XIX e como um importante incentivo para a implantação de políticas públicas voltadas para imigração; sendo assim, o Império brasileiro tinha o interesse na manutenção da suas forças produtivas, com a continuidade do trabalho escravo, e, ao mesmo tempo, buscava medidas que atendessem as mudanças que já alteravam as relações de trabalho na agricultura.
O trabalho escravo era vantajoso e as limitações ao tráfico, e outras leis imperiais de caráter restritivo, representavam um duro golpe na economia agrícola e, por conseqüência nas províncias que dependiam da escravidão para a manutenção de suas lavouras. Portanto, algumas medidas foram adotadas conforme nos relata o inspetor geral de Terras e Colonização, em 1876
S. Jeronymo é uma importante colonia e pode ser considerada feliz (...) da resolução pratica dos problemas de substituição dos