Neste trabalho procuramos revisitar momentos significativos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), suas conexões com o cenário mais geral de desenvolvimento e mutações do capitalismo, e com o contexto da reforma do Estado brasileiro. Assim o fazemos por considerarmos que (...) entender as reformas específicas do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Técnico-profissional, infantil, de jovens e adultos, ou a própria política universitária, implica entender que essa é uma proposta global e orgânica. Desta forma, a política de ensino profissional se estrutura em cima de uma concepção educacional, uma filosofia gerencial e uma política de financiamento que são os três eixos que orientam os projetos governamentais e em torno dos quais há um grande embate. (FRIGOTTO, 1999: 6). Podemos relacionar o surgimento do Serviço Social com as seqüelas próprias da ordem burguesa, em especial, àquelas concernentes ao binômio industrialização/urbanização, tal como se revela a partir do século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo (Netto, 1992:23). A produção de conhecimento na área de Serviço Social, iniciou-se a partir dos anos 70, quando foram criados os primeiros cursos de pós-graduação na área de Ciências Sociais e, especificamente, na área de Serviço Social, em plena vigência da ditadura militar (1964/80). Esta instaurou a reforma educacional, principalmente no ensino superior, adequando-o ao novo modelo econômico denominado “modernização conservadora”. Nesse sentido, a refuncionalização e a expansão do ensino superior engendra a oferta, em todo o país, de cursos de Serviço Social, efetivando a sua inserção no circuito universitário. No mesmo a produção de conhecimento na área de Serviço Social, iniciou-se a partir dos anos 70, quando foram criados os primeiros cursos de pós-graduação na área de Ciências Sociais e, especificamente, na área de Serviço Social, em plena vigência da ditadura militar (1964/80). Esta instaurou a reforma educacional, principalmente no ensino