Serviço social
CAPÍTULO I
AS CONDIÇÕES HISTÓRICAS - SOCIAIS DA EMERGÊNCIA DO SERVIÇO SOCIAL
O surgimento do Serviço Social como profissão, como prática institucionalizada, socialmente legitimada e legalmente sancionada e sua vinculação como a chamada Questão Social.
Não há duvidas em se relacionar o aparecimento do Serviço Social com as mazelas próprias da ordem burguesa, com as seqüelas necessárias dos processos que comparecem na Constituição e no envolver do capitalismo, em especial em relação ao binômio industrialização/urbanização.
Esta indicação é absolutamente indispensável para mapear a contextualidade histórico-social que torna possível a emergência do Serviço Social como profissão, efetivamente demarcada pelo estatuto sócio-ocupacional de que se investe, das condutas filantrópicas e assistencialistas que convencionalmente se consideravam as suas protoformas. Entretanto, se a esta indicação não se seguirem determinações mais precisas, é inevitável o risco de se diluir a particularidade que reveste a emersão profissional do Serviço Social. Numa intenção lassa e frouxa, com exigências e demandas próprias da ordem burguesa, como se a realidade de um exercício profissional da Questão Social derivasse da possibilidade de um exercício profissional com o corte daquele que caracteriza o Serviço Social, reduzindo o problema de sua gênese histórico-social a uma equação entre implicações do desenvolvimento Capitalista e o aparecimento de uma nova profissão.
1.1 ESTADO E QUESTÃO SOCIAL NO CAPITALISMO DOS MONOPÓLIOS.
Na tradição teórica que vem de Marx, está consensualmente aceito que o Capitalismo, no ultimo quarto do séc XIX, experimenta profundas modificações no seu andamento e na sua dinâmica econômica, com incidências necessárias à estrutura social e às instâncias políticas das sociedades nacionais que envolviam. Trata-se do período histórico em que o Capitalismo dos monopólios, articulado o fenômeno global