serviço social
A renúncia de Jânio Quadros foi apreciada e aceita pelo Congresso Nacional (Câmara e Senado reunidos em conjunto) no mesmo dia em que ela aconteceu. Era consenso que um pedido de renúncia não se discute, apenas se aceita e, por isso a sessão não durou mais que dez minutos. Horas depois, o presidente da Câmara Federal, Ranieri Mazzilli tomava posse interinamente no cargo, até o retorno do vice-presidente João Goulart, que se achava em viagem oficial à china. Tudo ocorreu, pois, dentro da mais perfeita normalidade democrática. O novo presidente empossado conservou o ministério de Jânio, substituindo apenas o chefe da Casa militar, que passou a ser o general Ernesto Geisel e o ministro da Justiça, agora Martins Rodrigues. Ainda assim, tais mudanças se fizeram apenas por solicitação dos antigos titulares, deixando patente a transitoriedade de seu mandato.
A tortura
Em 1969, a tortura teve seu período mais difícil no país. As guerrilhas estavam com grande atuação e ocorriam muitos assaltos a banco e, com isso, a repressão se tornou mais forte. Nessa época, foram criados processos para esconder as atitudes dos militares. As mais diversas formas de tortura eram praticadas e isso provocou uma onda de suicídios. Elas eram tão violentas e marcantes, que o preso não desejava mais viver. O suicídio também foi utilizado pelos militares para justificar mortes de prisioneiros nos quartéis e presídios.
Os efeitos da questão social ultrapassavam os limites das vilas operárias, tornando-se uma pesada nuvem sobre o horizonte burguês e denunciava a falência da ordem social burguesa. As formas de assistência vigentes eram repudiadas pelo proletário, que lutava por medidas mais amplas de política social. Temerosa e assustada, a classe dominante procurava pensar em estratégias que contivessem as ameaças que colocava em risco as suas propriedades. Assim, diante de tamanha expansão da