A antropologia britânica Seu crescimento, também muito rápido, como nos EUA, deve ser relacionado à importância de seu império colonial. Pode ser caracterizada da seguinte maneira: 1)é uma antropologia antievolucionista, que se constitui desde Malinowski em oposição a uma compreensão histórica social (as reconstruções hipotéticas dos estágios, indo das sociedade “primitivas” às “civilizadas”, bem como a abordagem da historiografia). Dedica-se preferencialmente à investigação do presente a partir de métodos funcionais (Malinowski), e, em seguida, estruturais (Radcliffe-Brown): uma sociedade deve ser estudada em si, independente de seu passado, tal como se apresenta no momento no qual a observamos. O modelo pode ser, portanto qualificado de sincrônico, enquanto a pesquisa baseia-se no levantamento da totalidade dos aspectos que constituem uma determinada sociedade: a monografia; 2) é uma antropologia antidifusionista, o que a opõe à antropologia americana, a qual preocupa em compreender o processo de transmissão dos elementos de uma cultura para outra. Para a maioria dos pesquisadores ingleses, uma sociedade não deve ser explicada nem pelo que herda de seu passado, nem pelo que empresta a seus vizinhos; 3) é uma antropologia de campo, que se desenvolve muito rapidamente, a partir do inicio do século, com Malinowski e, antes, com Radcliffe-Brown, o qual é, mais ainda que Malinowski, um dos pais fundadores de quem a maioria dos antropólogos britânicos contemporâneos se considera sucessora. Esse caráter empírico (observação direta de uma determinada sociedade, a partir de um trabalho exigindo longas estadias no campo) e indutivo da pratica dos antropólogos ingleses apoia-se numa longa tradição britânica: o empirismo dos filósofos desse país, que se pode opor ao racionalismo e ao idealismo do pensamento Frances. Hoje ainda, um antropólogo que pode ser considerado como um dos mais importantes da Grã-Bretanha, Leach, não hesita em qualificar-se de “empirista”, e