Serviço Social e a saúde do trabalhador
O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre o Serviço Social na área da Saúde do Trabalhador, demonstrando como ao longo dos anos a profissão se aproxima dessa dispersa demanda. Apontam-se elementos que historicamente vêm norteando o debate sobre o trabalho e a saúde, expressando avanços e contradições na área da saúde do trabalhador. Para o Serviço Social, os desafios dessa área do conhecimento vêm ampliando a exigência teórica e metodológica, bem como ética e política para o enfrentamento das confrontações e manifestações contemporâneas dessas duas categorias centrais: saúde e trabalho.
Palavras-chave: Saúde do trabalhador. Serviço Social. Espaços sócio-ocupacionais.
Introdução
A saúde do trabalhador constitui-se área do conhecimento, investigação e intervenção, que condensa um conjunto de determinações que vem reconfigurando-a ao longo das últimas décadas. Para o Serviço Social em particular, a área se constitui numa exigência ética e política frente aos impactos das transformações sociais e de forma mais precisa no que se refere às grandes proporções que ocorrem na esfera do trabalho e seus desdobramentos sobre a sociabilidade humana na atualidade. Observa-se que a área da saúde do trabalhador, historicamente, vem representando uma dispersa demanda para a profissão, em que vários fatores contribuíram para o mascaramento dessa demanda. Entre eles pode-se se apontar questões endógenas à profissão norteada pela perspectiva conservadora e outros condicionantes que limitaram a compreensão sobre o tema saúde e trabalho, bem como o pensamento hegemônico da concepção da saúde do trabalhador presente na área. Esses aspectos foram confrontados com o contexto social e político ao longo da década de 1990, e nos anos 2000 passam a se constituir em um emergente campo de atuação profissional. Tal fato significa que o assistente social é convocado e ao mesmo tempo se convoca a acolher e dar respostas às