Serviço Social e a ruptura com o conservadorismo
A INSTITUCIONALIZAÇÃO E LEGITITIMAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL - O processo de institucionalização do Serviço Social no Brasil, como profissão reconhecida na divisão social do trabalho, está vinculado à criação das grandes instituições assistenciais, estatais, paraestatais ou autárquicas, especialmente na década de 40.
Período marcado pelo aprofundamento do modelo corporativista do Estado e por uma política nitidamente favorável a industrialização (a partir de 1937).
A burguesia industrial adquire supremacia no poder de Estado, aliada aos grandes proprietários rurais, e tem de se defrontar com o crescimento do proletariado urbano, reforçado pelos fluxos populacionais liberados pela capitalização da agricultura.
Em face de tal expansão, surge a necessidade de absorver e controlar esses setores. O Estado Novo vai buscar na classe operária um elemento adicional de sua legitimação, através de uma política de massas, ao mesmo tempo em que procura reprimir os movimentos reivindicatórios do proletariado.
O Estado incorpora parte das reivindicações populares, ampliando as bases de reconhecimento da cidadania social do proletariado, através de uma legislação social e sindical abundante na época. Emergem, nesta fase, novas instituições, como o salário mínimo, previdência social, a justiça do trabalho, e uma nova legislação sindical.
O Estado passa a intervir não só na regulamentação do mercado de trabalho, através da política sindical e salarial, mas também no estabelecimento e controle de uma política assistencial, intimamente vinculada às organizações representativas das “classes produtoras”. Surgem nesse processo: O Conselho Nacional de Serviço Social, a LBA, o Senai, O Sesc.
Com o surgimento das grandes instituições, o mercado de trabalho se amplia para o Serviço Social e este rompe com o estreito quadro de sua origem para se tornar uma atividade institucionalizada e legitimada pelo Estado e pelo conjunto das