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Talvez não constitua total surpresa que o termo capitalismo, de tão ampla circulação na fala popular e na literatura histórica dos anos mais recentes, seja usado de forma tão variada e não tenha gerado acordo quando ao seu uso. Existe até uma escola de pensamento, a que pertencem economistas e historiadores, que se tem negado a admitir a possibilidade de conferir significado exato capitalismo enquanto nome de um determinado sistema econômico.
Um sistema como o capitalismo poderá ser mencionado abstratamente como descrevendo um aspecto que, em medida vária, caracterizou numerosos períodos da história, mas como tal constitui uma noção econômica abstrata, e não histórica; e fazer o levantamento das origens de qualquer “sistema” é em geral uma busca vã que pode não ter fim.
Talvez devêssemos esclarecer que a palavra “capitalista”, que se tornou moda entre alguns economistas, principalmente entre os partidários da Escola Austríaca, pouco tem em comum com o capitalismo como categoria de interpretação histórica. Por terem exercido forte influência sobre a pesquisa e a interpretação históricas, três significados separados atribuídos à noção de capitalismo surgem com destaque.
Em primeiro lugar, e talvez desfrutando maior difusão, encontramos o significado divulgado pelas obras de Werner Sombart, que buscou a essência do capitalismo não em qualquer dos aspectos de sua anatomia econômica. Em seguida lugar, existe um significado que encontramos mais freqüentemente implícito no tratamento do material histórico do que explicitamente formulado e que virtualmente identifica o capitalismo com a organização de produção para um mercado distante. Em terceiro lugar, temos o significado inicialmente conferido por Marx, que não buscava a essência do capitalismo num espírito de empresa nem no uso da moeda para financiar uma série de trocas objetivo de ganho, mas num determinado modo de produção.
Esta claro que o traço da sociedade econômica que produz esse