Serviço social na contemporaneidade
O Brasil na década de 80 sofreu grandes e profundas transformações tanto no contexto econômico – principalmente a recessão econômica, ampliando a dívida externa – quanto no contexto político – transição de regime governamental, da ditadura para um tipo de governo democrático e liberal.
Apesar de todas estas mudanças terem ocorrido simultaneamente, a década de 1980 terminou com saldo positivo no quesito direitos humano, com a promulgação da nova Constituição Federal de 1988, conhecida como Constituição Cidadã.
No contexto de proteção social, a Constituição de 1988 é a mais rígida e atenciosa, onde integram a Seguridade Social, a Saúde conjuntamente com a Assistência Social e a Previdência Social. Sobre a saúde, está inscrito que esta é um direito inegável de todos e dever do Estado. A integração dos serviços de saúde deve constituir um sistema único, realizado de forma regionalizada e hierárquica. Porém, ainda houve opiniões adversas sobre a discussão do assunto saúde.
De um lado, a Federação Brasileira de hospitais (FBH), defendia a privatização dos serviços de saúde, de outro lado estava à denominada Plenária Nacional de Saúde, que defendia a Reforma Sanitária. Os ideais contidos na Reforma Sanitária são: descentralização com controle social, democratização do acesso à saúde e a universalidade das ações.
A vitória dos ideais da Reforma Sanitária foi atribuída a eficiência da Plenária, por sua capacidade técnica, mobilização da sociedade, pressão sobre os constituintes, e à Emenda Popular, que fora assinada por 50.000 eleitores e 167 entidades.
Com tantas mudanças no cenário brasileiro, o Serviço Social passou por um processo de