Serviço Social na América Latina - Resumo Cap 1
Existem inúmeras questões quando se pretende conhecer a história do Serviço Social na América Latina. A partir delas se desdobram inúmeras outras questões que, juntamente com suas respostas, vão construir boa parte do debate que penetra a história da profissão.
No entanto, mesmo havendo inúmeras perguntas e diversas maneiras de formulá-las e reformulá-las, vale ressaltar que essas perguntas não são neutras ou dissociadas das respostas que suscitam. Ao contrário, partes das respostas – ou a sua totalidade – já se contém nas próprias perguntas.
De modo geral, esses questionamentos estão muito direcionados à oposição do tipo “nacional” e “antinacional”, “latino-americano” e “antilatino-americano”, que poderiam ser aprofundados poderia se direcionar para outros pólos como “popular” e “antipopular” ou “proletariado” e “burguês”.
Mas o grande problema sobre a investigação da história do serviço social é situar a polêmica no nível dos supostos teóricos que subjazem a qualquer discurso. Afinal, muito dos textos que abordam o assunto, o tratam como mero prolongamento dos desenvolvimentos que a profissão alcançou na Europa.
Nos textos de Ander Egg, por exemplo, é dada grande importância ao surgimento da primeira escola de Serviço Social na América Latina, situando-a como o momento de surgimento da profissão no dito contexto. Já Barreix ressalta o papel do Dr. Alejandro Del Rio no surgimento do Serviço Social latino-americano. Ambos os autores recorrem à divisão em etapas do surgimento do Serviço Social: assistência social, o Serviço Social e o Trabalho Social.
Analisando os dois autores estudados, é possível perceber a seguinte matriz teórica: 1) o surgimento e desenvolvimento da profissão se explica a nível superestrutural; 2) ocorrem por determinação de fatores “externos” á sociedade latino-americana, como se estes operassem eficientemente por si sós; e 3) esta perspectivação é sustentada