Serviço social na america latina
Em 1925, no Chile foi fundada a primeira escola de Serviço Social que se tem noticias no ambiente latino-americano. O responsável pela fundação foi Dr.Alejandro Del Rio. E o fato de ter sido um médico o seu fundador corroborou para a sedimentação da profissão, projetando-se socialmente, sendo apontada como uma derivação da medicina, uma subprofissão (CASTRO,2006 ). Contudo, haveria de deixar claro que a profissão não deveria ser confundida com o exercício solidário e beneficente do assistencialismo, pois deveria estar sempre amparada em preocupações técnico-cientificas.
A criação de uma escola, em si mesma, não equivale à abertura de um processo que se quer identificar como o inicio de uma profissão. A fundação das primeiras escolas – 1925, Chile; 1936, Brasil; 1937, Peru – apenas revela momentos específicos de um processo de maturação que atinge um ponto qualitativamente novo quando a profissão começa a se colocar sua própria reprodução de modo mais sistemático ( CASTRO, 2006, p. 35 ). À medida que as Escolas de Serviço Social foram fundadas na América Latina, os profissionais foram refletindo sua prática e buscando adequações ao seu agir profissional. O Serviço Social foi se transformando de acordo com as demandas especificas de seus países. A classe do proletariado, influenciada pelos ideais socialistas, precursora de notável reorganização da realidade social, exigiu do Estado respostas para a nova situação que vivenciava a época. O progresso econômico do Chile foi fruto da exploração da classe operária, intensificada, no que diz respeito à produção de cobre, principal referencial econômico do país. O sistema capitalista chileno desenvolveu-se rapidamente e, consequentemente, muitas sequelas do rápido desenvolvimento capitalista marcaram a sociedade da época.
Miséria, crescimento urbano caótico, migrações de camponeses expulsos de suas terras etc., instauraram o solo fértil e