Serviço social cultura da crise
Autora: MOTA, Ana Elizabeth da
Capítulo 1 : Crise Economicamente e Constituição de Hegemonia.
Mudanças na Ordem Econômica Mundial:
Na década de 40 o mundo capitalista desenvolvido encontrava-se no pós-guerra. É nesse contexto que se dá a influência do Keynesianismo – filosofia econômica que apregoava a necessária intervenção do Estado na economia, objetivando a reconstrução das mesmas. O papel do Estado, então, era de fomentar a implementação de uma infra-estrutura básica: parque industrial, escolas, geração de emprego, previdência social, etc. (Welfare State / Estado de Bem- Estar Social).
No final da década de 70 essas economias centrais começam a apresentar sinais de esgotamento: queda da taxa de lucros, desemprego (por conta da utilização de uma tecnologia poupadora de mão-de-obra), crescimento do déficit público, etc. Nesse contexto começa a ser criticado a intervenção estatal na economia.
No pós-guerra ocorre o fenômeno da hegemonia do capital americano: a internacionalização do capital (empresas transnacionais), mundialização do capital financeiro e da divisão dos mercados e do trabalho.
A repercussão dessa nova ordem mundial nos países de capitalismo periférico (América Latina / 3° mundo) pode ser expressa: * Pela ampliação da dívida externa; * Expansão do mercado financeiro em detrimento do setor produtivo (indústrias); * Crescimento de desemprego.
Começa a ocorrer ao nível dos países desenvolvidos, uma fusão entre o capital industrial e o capital financeiro, sob a hegemonia deste segundo. Para aumentar a dependência dos países periféricos, os empréstimos são feitos a partir da adoção de altas taxas de juros.
A autora sinaliza que as reestruturação da produção e dos mercados caracteriza-se por serem iniciativas que visam a superação da crise econômica do capital.
Nos anos 80 e 90, o modelo da crise vem combinando: * A recusa dos mecanismos anticíclicos de base Keynesiana (programa de