Serviço social contemporâneo
Constatar nas páginas deste trabalho o que foi afirmado pelos autores das obras analisadas para elaborá-lo, decorridos agora alguns anos desde a publicação destas e já consolidada a era Lula que foi formalizada em dois mandatos somando-se oito anos de governo no dia trinta e um de dezembro antecedente é no mínimo frustrante para uma parte acredito que grande de alunos do Serviço Social que aprendem as dimensões de sua prática profissional e as apreendem de acordo com as bases expressas nos aparatos institucionais suscitados numa saudosa época de ideais e lutas democráticas inauguradas no fim dos anos 80 e que tiveram continuidade e ao mesmo tempo morte na década de 90. Frustrante constatar, pois não é necessário efetivar os anos que ainda me restam para concluir a graduação visualizar que tudo o que foi apresentado nas obras referidas acima acabam por afirmar-se ao refletir os anos de governo do presidente petista. De fato, como expressa Braz (2004) assistimos sim a uma continuidade dos fundamentos principais que nortearam a economia brasileira na última década onde ele referia-se a era Fernando Henrique Cardoso. Ou ainda segundo Netto (2004), o governo Lula assumiu a prática neoliberal que combateu frontalmente durante a era FHC.
Cabe então afirmar que se para atores que não participaram ativamente dos processos de lutas democráticas decorridas na então já referida década de 80 é frustrante a comprovação dos rumos antidemocráticos adotados pela política de continuidade e acirramento das contradições de classes - ainda que velada - implementada pelo governo do então ex operário advindo a presidência brasileira em marco histórico que esperançou setores que compartilharam com ele dos ideais democráticos à época – inclusive entre esses setores a categoria profissional de serviço social – e que estavam intimamente ligados as raízes de lutas dele, então não restam dúvidas de que é em dimensão ainda maior o baque para os atores que participaram ativamente de