servico social
Marlene Aparecida Wischral Simionato Raquel Gusmão Oliveira
Profissionais das mais diversas áreas têm focalizado a família como objetivo de estudo a partir da constatação de que ela desempenha papel fundamental no desenvolvimento e manutenção da saúde e no equilíbrio emocional de seus membros. Que a complexidade dos fatores que interferem na sua manutenção e perpetuação, requerem que todos aqueles que procuram focaliza-la em seus estudos e trabalhos, tenham em mente que ela deve ser compreendida historicamente, e de acordo com suas especificidades. O conceito de família pode ser considerado até certo ponto subjetivo, pois depende de quem a define, do contexto social, político e familial em que está inserido. A Constituição Federal de 1988 representou um marco na evolução do conceito de família, ao corporificar o conceito de Lévy-Brul, de que o traço dominante da evolução da família é sua tendência a se tornar um grupo cada vez menos organizado e hierarquizado e que cada vez mais se funda na afeição mútua (GENOFRE,1997). A partir das diversas concepções de família e de nossa própria vivência familiar, entendemos família como um sistema inserido numa diversidade de contexto e constituído por pessoas que compartilham sentimentos e valores formando laços de interesse, solidariedade e reciprocidade, com especificidade e funcionamento próprios. Os conceitos podem ser diversos, mas um ponto comum é que a união dos membros de uma família, com ou sem laços consanguíneos, se dá a partir da intimidade, do respeito mútuo, da amizade, da troca e do enriquecimento conjunto. Assim a despeito das definições que as famílias recebem, um ponto importante a se considerar é que esta é uma realidade, que está viva, e que como todo ser vivo necessita ter saúde para assim permanecer. Essa família caracterizava-se como um grupo regulado pelo amor, no qual os adultos estão a serviço do