Serv soc
O movimento de reconceituação envolveu reelaborações por um grande número de profissionais na busca de fundamentos, de novos conhecimentos e teorias baseado em uma concepção de homem e de mundo e na formulação de novas metodologias que pudesse instrumentalizar uma ação coerente com um novo posicionamento. No Brasil, o movimento de reconceituação do serviço social ocorreu de forma aberta a partir dos anos 1980, porém, seus antecedentes históricos são decisivos no processo de renovação da profissão.
Formou-se um cenário de preservação da subalternidade profissional, para que os assistentes sociais atendessem às demandas do Estado sem questionamentos, monitorassem e reprimissem manifestações profissionais que viessem contra os interesses ditatoriais desenvolvimentistas. No entanto, tal prática tradicional se mostrou insuficiente para atender as demandas da sociedade e do próprio mercado de trabalho (expansão industrial), exigindo que o Assistente Social se renovasse para atender às novas expectativas demandadas. É nesse sentido que surge como uma luz modernizadora a inserção do Serviço Social nas universidades e os Documentos de Araxá, Teresópolis e de Belo Horizonte.
Com os anos do milagre econômico, reflexo da ideologia desenvolvimentista, houve uma significativa expansão das indústrias no país. Como consequência explicita, deflagrou-se o crescimento da demanda por Assistentes Sociais em diversificados postos de trabalho. É a partir daí que o Estado autocrático insere o Serviço Social no âmbito universitário, afim de que este seja refuncionalizado e qualificado em prol do desenvolvimento.
A inserção do ensino nas universidades possibilitou a aproximação dos estudantes de Serviço Social às