Sertão de minas
Comumente, a denominação de sertão mineiro é usada também para delimitar uma região ainda mais ampla ao longo de todo o curso do Rio São Francisco dentro do estado e ainda de alguns de seus afluentes como o rio Verde Grande, rio Grande e Paraopeba, além de outros, envolvendo, portanto, parte da região noroeste do estado.
Tão contado e cantado por artistas como João Guimarães Rosa em “Grande Sertão: Veredas” (1956), os sertões mineiros são vários. Ao mesmo tempo em que concentra municípios extremamente pobres, também é o local de municípios desenvolvidos que concentram grande parte da produção mineira de frutas possibilitada pela técnica cada vez mais aplicada de irrigação.
Embora não tão desenvolvido quanto as regiões mais ao sul do estado, o sertão de Minas Gerais é diferente daquele sertão castigado e sempre seco nordestino também tão retratado pela nossa literatura.
Como apresenta um clima mais ameno em algumas regiões e uma grande quantidade de “veredas”, como usou Guimarães Rosa para descrever os inúmeros riachos que cortam a região, podemos encontrar extensos campos prosperamente utilizados para pastagem e matas além do cerrado e da caatinga.
A região é extremamente plana, ainda mais se comparada aos extensos relevos montanhosos da região mais a oeste e sul do estado. Aliada ao solo, bastante poroso e pouco profundo possibilita o escoamento fácil das águas das chuvas fazendo surgir rios intermitentes que vão engrossar o “Velho Chico”.
A colonização da região, que já era habitada por nativos, se deu por volta de 1690 através de dois movimentos distintos: os vaqueiros vindos da Bahia que seguiam o curso do rio São Francisco e bandeirantes paulistas. Matias Cardoso, Gonçalves Figueira e Januário Cardoso são alguns dos nomes dos que se