Serrapilheira
A serrapilheira atua na superfície do solo como um sistema de entrada e saída, recebendo entradas via vegetação e, por sua vez, decompondo-se e suprindo o solo e as raízes com nutrientes e matéria orgânica, sendo essencial na restauração da fertilidade do solo em áreas em início de sucessão ecológica
(EWEL, 1976). Quando acumulada sobre o solo contribui, juntamente com os diversos compartimentos florestais, para a interceptação das gotas de chuva, minimizando assim seus efeitos erosivos. É também um compartimento de armazenamento de água, que apesar de pouca capacidade em termos quantitativos, funciona como um isolante térmico, contribuindo para a redução da evaporação e manutenção de microclima estável na superfície do solo
(KINDEL, 2001; FIGUEIRÓ, 2005). Além disto produz sombra e retem umidade, criando condições microclimáticas que influem na germinação de sementes e estabelecimento de plântulas (MORAES et al., 1999).
Porém quando muito espessa, a serrapilheira pode atuar como barreira física ao estabelecimento inicial de determinadas espécies, dificultando a penetração de sementes, impossibilitando a radícula de atingir o solo ou impedindo que plântulas consigam emergir após a germinação (CHAMBERS &
MACMAHON, 1994). Esta também desempenha papel essencial no crescimento das plantas, pois influencia nas propriedades físicas, biológicas e químicas dos solos, bem como aumenta a capacidade de troca catiônica (CTC) do solo (GARAY; KINDEL, 2001).
A produção de serrapilheira controla diretamente a quantidade de nutrientes que retornam ao solo e por esta razão se constitui em importante processo de controle da ciclagem de nutrientes (BARNES et al., 1997). O material acumulado permite a existência de grande variedade de nichos para a mesofauna e microrganismo, bem como é fonte de colóides para o solo
(SANTOS, 1989).
O acúmulo de serrapilheira no solo está diretamente relacionado com a
atividade