Serra
• No ciclo 1 (Plano de Metas), a liderança da expansão coube à industria manufatureira, cujo produto anual cresceu a uma taxa mais elevada. Os setores mais dinâmicos foram os de bens de consumo duráveis e o de bens de capital. As modificações estruturais da economia foram muito menos acentuadas no ciclo 2 (Milagre). A produção de bens de capital se acelerou intensamente apenas depois de 70.
• No ciclo 1, o rápido crescimento da economia esteve associado a uma acentuada abertura estrutural para o exterior.
• A abertura externa somente foi viável devido a um rápido crescimento das exportações, o aumento das exportações foi ainda mais acentuado devido à melhora das relações de troca. Por outro lado, essa ampliação das exportações foi simultânea à sua notável diversificação.
• O crescimento da produção agrícola em ambos os ciclos expansivos manteve-se a um nível modesto, apenas superior ao observado no conjunto do período de pós-guerra. No ciclo 2, a parcela da produção correspondente às exportações agrícolas aumentou consideravelmente, em prejuízo dos alimentos para consumo interno.
• Ao contrário do ciclo 1, a taxa de inflação no ciclo 2 apresentou uma variância consideravelmente menor e uma tendência declinante, com exceção do ultimo biênio, quando apresentou uma inflexão ascendente.
• Um dos principais fatores da deflagração da fase de recuperação foi o dinamismo da demanda de bens de consumo duráveis. O crescimento da demanda refletiu: a maior concentração pessoal de renda que permitiu preservar e aumentar o poder de compra dos grupos médio-altos; a elevação das margens de endividamento das famílias, facilitada pelo desenvolvimento da intermediação financeira na compra de bens de consumo.
• Certa retomada