serra da estrela
Florbela Espanca (1894-1930) foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes na literatura de Portugal. Sua poesia é conhecida por um estilo peculiar, com forte teor emocional.
Nasceu na vila Viçosa-Alentejo, como filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo. Porém, foi educada pela madrasta e pelo pai. Estudou no Liceu em Évora e fez curso de Direito na Universidade de Lisboa. Foi casada três vezes, o primeiro deles, com Alberto de Jesus Silva Moutinho, seu colega da escola. Em 1913. Sua vida foi marcada por muitos problemas pessoais. Sofreu um aborto espontâneo muito cedo, o que lhe fez ficar doente por um tempo. Mas o que marcaria a sua vida foi a morte precoce de seu irmão, Apeles Espanca, num acidente de avião ocorrido em 1927. O fato colaborou para que Florbela Espanca desenvolvesse problemas mentais e tentasse suicídio um ano após a morte do irmão.
Sua primeira obra foi publicada quando ainda estudava na faculdade, “Livro de Mágoas” (1919). Fez contatos com poetas em Lisboa e chegou a colaborar no jornal Portugal Feminino e atuar como jornalista na publicação Modas & Bordados e a Voz Pública, um jornal de Évora. Publicou um livro de sonetos, o “Livro de Sóror Saudade“ (1923). Os outros livros foram publicados quando a poetisa já tinha morrido: ”Charneca em Flor “(1931), “Juvenília” (1931) e “Reliquiae” (1934). Também escreveu contos, com destaque para “O Dominó Preto” (1983), epístolas como “Cartas de Florbela Espanca” (1949) e diversas traduções. Mas era acima de tudo uma poetisa, mestra na escrita de sonetos.
A poesia de Florbela Espanca é caracterizada por um forte teor confessional. A poetisa não se sentia atraída por causas sociais, preferindo exprimir em seus poemas, os acontecimentos que diziam respeito à sua condição sentimental. Não fez parte de nenhum movimento literário, embora seu estilo lembrasse muito os poetas do romantismo.
Florbela Espanca morreu em decorrência de suicídio