Sermão do Monte
“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, quem matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo, será réu do fogo do inferno. Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão.
Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo”.
A partir do versículo 21 veremos o Senhor Jesus Cristo aplicar a sentença proferida no versículo 20. Ou seja, uma vez que nossa justiça precisará exceder em muito a dos escribas e fariseus, Ele começa a exemplificar de que maneira a justiça dos filhos do Reino devera ser praticada. E inicia pela junção do 6º mandamento (Não Matarás – Vs 21 a ; Ex 20.13) e com sua devida extensão punitiva (Vs 21 b ; Nm 35.30-31), explicando que, historicamente, tais mandamentos foram ensinados como sendo referentes apenas ao assassinato. Assim, para um bom judeu, seu dever (conforme acreditava), entre outros, era de manter-se longe da violência extrema praticada contra a vida de alguém e, em caso de quebra do mandamento, a punição (pena capital – apedrejamento) seria aplicada. Contudo, O Senhor Jesus passa a mostrar que Deus não se contenta em que apenas não assassinemos o nosso próximo, mas que Ele se importa também com o que passa pelo coração dos homens em relação uns aos outros, pois sentimentos de ódio, indignação, ressentimento, revolta, vingança contra alguém são considerados por Deus como desobediência ao Mandamento, porquanto são