sermão de santo antonio aos peixes
Síntese dos capítulos II a V
Capítulo II
O sermão é uma alegoria porque os peixes são metáfora dos homens, as suas virtudes são por contraste metáfora dos defeitos dos homens e os seus vícios são directamente metáfora dos vícios dos homens. O pregador fala aos peixes, mas quem escuta são os homens.
Os peixes ouvem e não falam. Os homens falam muito e ouvem pouco.
O pregador argumenta de forma muito lógica. Partindo de duas propriedades do sal, divide o sermão em duas partes: o sal conserva o são, o pregador louva as virtudes dos peixes; o sal preserva da corrupção, o pregador repreende os vícios dos peixes. Para que fique claro que todo o sermão é uma alegoria, o pregador refere frequentemente os homens. Utiliza articuladores do discurso (assim, pois…), interrogações retóricas, anáforas, gradações crescentes, antíteses, etc. Demonstra as afirmações que faz tirando partido do contraste entre o bem e o mal, referindo palavras de S. Basílio, de Cristo, de Moisés, de Aristóteles e de St. Ambrósio, todas referidas aos louvores dos peixes. Confirma-as com vários exemplos: o dilúvio, o de Santo António, o de Jonas e o dos animais que se domesticam.
Virtudes que dependem sobretudo de Deus
Virtudes naturais dos peixes
• foram as primeiras criaturas criadas por Deus
• foram as primeiras criaturas nomeadas pelo homem
• são os mais numerosos e os maiores
• obediência, quietação, atenção, respeito e devoção com que ouviram a pregação de Santo António
•ouvem e não falam •não se domam • não se domesticam • vivem longe dos homens (• escaparam todos do dilúvio porque não tinham pecado)
Os peixes não foram castigados por Deus no dilúvio, sendo, por isso, exemplo para os homens que pouco ouvem e falam muito, pouco respeito têm pela palavra de Deus.
Evidencia-se que os animais que convivem com os homens foram castigados, estão domados e domesticados, sem liberdade.
Capítulo III
O peixe de