sermao de santo antonio
- Discurso religiosos que se integra na chama oratória (arte de discursar em público).
- Exórdio - momento em que o orador expõe:- o plano/assunto do sermão que pretende defender a partir de um conceito predicável. Pretende alcançar a benevolência, a simpatia e a atenção dos ouvintes. Termina com uma invocação a Deus ou à Virgem.
- Exposição: faz parte do desenvolvimento do sermão e constitui o momento que faz a contextualização do assunto do sermão.
- Confirmação: também faz parte do desenvolvimento do sermão e constitui o momento de comprovação ou demonstração das afirmações do orador. O desenvolvimento do seu pensamento faz-se por meio de dois tipos de argumentos: de autoridade e baseados em exemplos.
- Peroração: destinada à recapitulação da essência do que se disse. É a última oportunidade que o orador tem para impressiona, convencer e influenciar o auditório recorrendo aos melhores argumentos.
- No sermão de Santo António aos peixes, o exórdio ocupa o capítulo I. A exposição e a confirmação ocorrem nos capítulos II, III, IV, V. A peroração é no 6º capítulo.
Sermão de Santo António aos peixes
- Pregado em S. Luís do Maranhão, a 13 de Junho de 1654, três dias antes de ter embarcado ocultamente para Lisboa com o fim de solicitar ‘’o remédio da salvação aos índios…’’
- O sermão é alegórico porque o autor ilustra determinados conceitos abstractos como vícios dos homens, recorrendo aos peixes.
Capítulo I – Exórdio
- Conceito predicável: Vós sóis o sal da terra
- doutrina: os bons ensinamentos/fé/almas puras; terra: ouvintes/homens; sal: pregadores/doutrina.
- O sal evita a corrupção, mas a terra está corrompida.
- Tal como o sal impede a corrupção da matéria, os pregadores devem impedir a corrupção das almas. O sal tem a função de conservar, preservar, livrar da corrupção, tal como os pregadores têm objectivo de catequizar, salvar as pessoas, mantendo-as ‘’saudáveis’’, não em termos físicos mas psicológicos, emocionais e comportamentais.
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