Ser Psicólogo Social: quais desafios enfrentamos para atuar na comunidade, com a comunidade
A Comissão Nacional de Direitos Humanos e o Conselho Federal de Psicologia construíram juntos uma forte militância em torno da questão dos Direitos Humanos na Psicologia. Tornou-se um movimento grandioso, que trouxe uma aspiração maior à profissão nos últimos tempos.
Este novo tipo de trabalho proposto aos psicólogos trouxe uma modelagem nova à profissão já que, por muito tempo o atendimento psicoterápico durante a década de 80, atendia somente a clientelas seletas e elitistas que mantiveram a imagem do profissional psicólogo como alguém que prestava um serviço selecionador. Além disso, a quantidade de profissionais lançados no mercado de trabalho já estava sendo maior que a demanda oferecida pela sociedade. Se continuasse a crescer dessa maneira, trazendo consigo oportunidades, senão para todos, mas para a grande maioria dos profissionais, pouco provável seria trazer estas discussões sobre inclusão social e direitos humanos para o meio profissional e acadêmico. O resultado seria uma grande formação de profissionais formados para atender dentro de seus consultórios aqueles que pagassem cada vez mais. E isto não é algo provável para a sociedade atual.
Podemos considerar então, que na hora certa, a metodologia de trabalho mudou. As crises econômicas de 1990 dificultaram ainda mais o espaço deste profissional e a Reforma da Constituição, em 88, trouxe um novo eixo, uma nova direção para os profissionais. Os direitos sociais, as políticas públicas, o advento do SUS (Sistema Único de Saúde), o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) trouxeram uma amplitude de meios para o psicólogo trabalhar na área da saúde, justiça e social.
Porém, a partir deste momento, o psicólogo encontrou-se frente ao desconhecido. Não tinham uma formação específica para trabalhar no meio social e muito menos uma prática para atender ao novo tipo de clientela pobre da sociedade. Então, a partir daí, surgiu a necessidade de se inventar e ainda estamos neste ponto de