ser professora é também acreditar
(John Cotton Dana)
Ser professora é também acreditar…
Chamo-me Tânia Sardinha Vieira e há dezasseis anos que sou professora contratada Artes Visuais
(3ºCEB e SEC), especializada há cinco anos em Educação Especial.
Ser professora de Artes Visuais tem sido um desafio constante, pois para mim uma sala de aula é um palco vivo de interações, de partilha de saberes e um espaço sério, muito sério… que tem de ser olhado e tratado com muito respeito, pois é um palco onde se cresce em tempo real, onde se aprendem valores e princípios (tantos deles implícitos nas nossas práticas como docentes). Um palco vivo onde o outro é um ser que merece toda a nossa atenção, o nosso olhar atento aos seus feedbacks, às suas aprendizagens, às suas alegrias e às suas tristezas. Acredito que para se crescer de forma plena, temos que desenvolver, para além de competências específicas de determinadas áreas académicas, as competências emocionais, as sociais e as relacionais (entre tantas outras).
A escola é, na maior parte das vezes, seguidora de uma sociedade industrial onde impera o racional, o lógico, a eficiência e a velocidade do desempenho. O pensamento estimulado na escola é, sobretudo, convergente e linear. Dimensões mais afetivas e sociais da personalidade são subestimadas. Outras componentes da cognição, por exemplo, a criatividade, a intuição ou a imaginação, são menos valorizadas curricularmente em termos de conteúdos e de processos (Almeida & Mettrau, in por Martins, 2000,
p.35)1, limitando desta forma o crescimento integral de tantas crianças e jovens.
Tenho procurado que a minha prática docente reflita a minha confiança na capacidade do outro e contribua para que os meus alunos cresçam de forma plena. Estou convicta que os alunos que desenvolvem a capacidade de ver o mundo, com os olhos de quem sente e conhece as estrelas, que desenvolvem a qualidade de serem solidários serão homens e