Ser ou não ser
Infelizmente o preço dessa autonomia de ser o que é, o que quiser e de talvez achar melhor ser aquilo naquele momento é julgamento e o rótulo. Virou rotina presenciar insultos que tem como fundamento apenas a oposição de ideias, de religião e de sexualidade e isso é o que vai contra a todos aqueles que lutaram por nossa emancipação, por nosso direito de optar.
Chego a acreditar que grande parte daquele civismo, ética e moral que aprendemos desde muito jovens e que carregamos pela vida como sendo nossas e certas, nos fazem mal diante de todas as diversidades de família, de sexos, religiões e de seres humanos. Que o conservadorismo apenas nos algema em um era medieval sem nos trazer nenhum progresso.
É fato que temos dificuldades em lidar com as desigualdades dos outros, até mesmo com as nossas, sejam elas visíveis ou não, entretanto ela não pode ser a barreira que nos impede de criar laços, de interagir um com os outros e muito menos ser o motivo para a descriminação ou preconceito.
Portanto estamos na era de romper com todas as certezas prontas, senso de moralidade, regras comportamentais e definições de pecado que foi infundida em nossas mentes, que hoje estão nos sufocando, e o resultado será positivo, mostrar o que realmente somos, não somos, ou que escolhemos ser, nos destacar na multidão. Hoje, o ser diferente é a melhor escolha.