SER IDEAL É SER O QUE O OUTRO ESPERA
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A complexidade em destacar um professor como ideal é equivalente a descrever, também, como seria um aluno ideal. A realidade é que, esse perfil não existe, apesar de procurarmos e idealizarmos ele. O que seria esse professor? Aquele que é mais afetivo com os seus alunos da educação infantil, ou aquele que apresenta maior clareza na exposição dos conteúdos no fundamental e médio? O professor faz uma representação de seu aluno já em seus primeiros contatos, tem sua própria percepção e espera do aluno disciplina, participação nas aulas, bom grau de compreensão dos conteúdos. Isso é o que eles esperam. E por falar em graus, recordemos que é assim mesmo; existe uma escala, ninguém está em 0% e ninguém vai estar em 100%, é algo gradativo, uma escala. Já o aluno também, fará uma representação, sua imagem de cada professor. Isso é muitas vezes frustrante. Espera-se do profissional que ele cumpra a risca com o que esperamos dele, no entanto, na maioria das vezes não acontece desta forma. E ambos, professores e alunos, percebem a si próprios como a forma determinada pelo outro. As relações entre professor/aluno e as relações entre os alunos tendem a mudar, até essa representação que fazem um do outro muda conforme o tempo, o seu comportamento, sua vivência no meio escolar, por exemplo. A imagem de ideal carrega consigo a responsabilidade que não deve ser atribuída nem ao professor nem ao aluno. Ambos podem ou não serem ideais a partir do que se espera dele pelo outro. É isso mesmo, ser ideal é ser o que o outro espera. Cabe isso, a cada um observar se acontece como espera, como sua representação previa lhe disse. Portanto, a cada um cabe o papel de serem melhores a cada dia.