Ser diferente é normal
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O Serviço Social surgiu no Brasil em 1934, período em que o capitalismo ingressava na sua fase monopólica. Então, houve a necessidade de um Estado regulador das relações sociais, em razão dos antagonismos gerados entre capital e trabalho nessa fase do capitalismo, cabendo ao Estado essa função.
(...) preservar e regular a propriedade privada, impor limites legais aos excessos da exploração da força de trabalho e, ainda, tutelar os direitos de cada um, especialmente dos que necessitam de amparo" (IAMAMOTO, 1992, p 18) Tratava-se de um contexto de urbanização da sociedade brasileira, que se deu com a industrialização de sua economia, advinda da necessidade do capital, em termos mundiais, o qual precisava introduzir um novo modelo de produção para a retomada do aumento da taxa de lucro.
Com o surto industrial, quando foram atraídos para as cidades aqueles que se encontravam na lavoura (meio de sobreviver da população até o momento, pois era uma economia agrária) surge um novo segmento de trabalhadores e, junto com ele, uma série de situações de conflitos. Conflitos estes causados pela sua exposição, dentro e fora das fábricas, as condições sub-humanas. Os trabalhadores eram desprovidos de qualquer política de seguridade dentro das fábricas, além de serem expostos a duras jornadas de trabalho.
Fora das fábricas, sua situação era igual, suas condições de moradia eram precárias, não tinham assistência à saúde ou de qualquer outro tipo, ficando o ônus de sua reprodução por sua conta, que só poderia ser suprido através do seu salário, conseguido através da venda de sua força de trabalho, o que era agravado pelo fato de os salários serem baixos e ainda devido às fábricas, por estarem em momento de sua implantação, não terem capacidade de absorver toda a demanda por trabalho.
Estes trabalhadores vinham se mobilizando para que suas condições de miserabilidade fossem reconhecidas pelos capitalistas,