Ser Bom ou Ser Bonzinho
Por: Júnior Figueiredo
É sempre confusa a fronteira entre esses dois aspectos. O senso comum não se cansa de repetir: “Ele é um filho tão bom, faz tudo que os pais lhe pedem.” Ou ainda: “ Ele é um bom marido, ou um bom amigo, um bom colega de trabalho e etc...” Alguém de comportamento exemplar e que geralmente se mantém distante de qualquer tipo de atrito é coroado com este título.
Estes são considerados, pela maioria, os humildes, os mansos, os pacificadores e etc. É inegável que estes homens possuem acentuadamente a virtude da tolerância. O que de certa forma os mantém afastados de algumas tempestades cotidianas é o mesmo que internamente, causa em muitos, um turbilhão de repressões. Em consequência disto, é certo que deveras do que vemos nestes homens não é realmente aquilo que parece.
Alguns, na verdade, são refugiados dos próprios medos o que os torna omissos e pacíficos. Evitam os conflitos porque se apavoram com eles (inclusive os internos), e como não tem forças preferem o silêncio. Uma outra porção são os chamados “fazedores de média” que habituam-se a sorrir, aplaudir e servir contra a própria vontade. Enquanto os primeiros variam entre humildade e humilhação os segundos vestem a carapuça de capachos por um bom tempo, até que quando menos se espera põe as garras de fora.
Tanto um quanto o outro são amigos do “sim” o que geralmente os fazem pessoas agradáveis e precedidas por uma reputação de “gente boa.” Entretanto, o “gente boa” nem sempre é o que é “bom”. Logo, o bom pai não é o que diz sim o tempo todo, o bom marido não é o que aceita tudo e o bom amigo não é o que ri a todo momento. Definitivamente, o homem bom é aquele que sabe dizer sim e não nos momentos certos e não aquele que como osga balança a cabeça.
Em sua vida, Jesus tomou decisões que iam de encontro a tudo e todos. Derrubou as barracas do templo, desafio as autoridades, descumpriu as regras e trouxe para si a morte. Qualquer um que pense que o