Ser assistente social
A definição mais conhecida para Serviço Social é a da moça boazinha que ajuda os pobres, porém, esta visão se deve a sua origem histórica, baseada na ação de senhoras da sociedade do século XVIII, que ajudavam os menos afortunados com alimentos e roupas. Estas senhoras passaram a ser conhecidas como “Damas de Caridade”. No entanto, conforme o texto veremos que o Serviço Social não se baseia apenas em caridade momentânea, mas em outras ações.
Das Damas de Caridade a Mary Richmond e a Infância do Serviço Social
De acordo com a autora Ana Maria Ramos Estevão, com a consolidação do capitalismo e a divisão de poder para controlar a massa de pessoas que migravam para as cidades, estabeleceu-se que o Estado iria impor a paz usando de violência e as igrejas cuidariam das questões sociais, ou seja, da caridade. Assim a burguesia, mas precisamente as “damas de caridade” praticariam o bem e resolveriam os problemas sociais através da reforma dos costumes de cada um. Para tanto, as “damas de caridade” acreditavam que situação dos pobres era causada por eles mesmos e que apenas uns bons conselhos e uma ajuda inicial seriam o suficiente para melhorar sua vida.
Mas o fato era que a assistência social não era realizada de modo adequado naquela época. Somente depois o século XIX é que começaram a aparecer os primeiros esboços de técnicas e de organizações. O primeiro passo foi dado pelas paróquias e depois se expandindo por pequenos bairros até conquistar um espaço na cidade inteira. A partir desse momento, as “damas de caridade” passaram a conhecer as verdadeiras necessidades de cada um, estudando cada necessidade. Mas foi em 1869 que se deu o primeiro grande passo, pois fundou-se a Sociedade de Organização da Caridade em Londres, onde se dizia que cada caso deveria ser pesquisado e feito um relatório, que por sua vez, seria estudado por uma comissão, para ,assim, decidir sobre o plano de ação a ser executado. A ajuda deveria ser sistematizada e o