Sequências Didáticas
Alef Alexandre
Amanda Michelly
Genilson Gabriel
Jaciane Paloma
Letícia Tavares
Rute Gisele
História
Da
Educação
Nazaré, Agosto – 2014
Um animal pequeno, um roedor maior que um preá, gosta de viver em lugares pedregosos; sua capacidade auditiva e seu olfato aguçado são as suas principais defesas contra os seus predadores, aqueles que o caçam, como os homens. Os Mocós parecem ter existido em grande quantidade em Timbaúba, onde hoje há um bairro que carrega o nome de Mocós. Possivelmente esse animal não mais existe na região porque ele, como o preá, serve de alimento em épocas mais difíceis ou, como tira-gosto, em reuniões de amigos para celebrar algo, como a boa caçada. É possível que as pessoas que hoje morem nos Bairro de Mocós jamais tenham visto um Mocó correndo pelas ruas dessa periferia da cidade de Timbaúba. Além disso, hoje o Mocós é conhecido por outras razões. No tempo em que o algodão era um produto importante na economia da região, naquela parte da cidade, os habitantes dedicaram-se ao artesanato e à pequena indústria que utilizava o fio de algodão para o fabrico de redes e outros utensílios de uso diário. Enquanto a Algodoeira realizava seu trabalho mecânico de separação, limpeza e enfardamento do algodão, a população da periferia de Timbaúba se dedicava a urdir e entrelaçar os fios fazendo a trama. O tear manual agitava, com o barulho das guias e dos pedais em movimento, toda a vizinhança. Os espaços das calçadas e dos terreiros em frente das casas serviam para secar os fios que seriam usados para a formação dos punhos das redes, feitos em teares específicos para esse fim. A manta que forma a rede também pode ser usada para tapetes ou cobertores para noites mais frias. As redes saíam de Mocós de Timbaúba para a utilização em casas, nos alpendres, nas tardes mais quentes ou mesmo como constante substitutas das camas, um utensílio pouco usado nas casas mais