SEPE
Com o direito de sindicalização para o funcionário público, conquistado na nova Constituição, abriu-se uma certa confusão em nossa categoria. Afinal, o antigo Cep é ou não é nosso sindicato de fato?O termo "sindicato" significa a entidade que representa os interesses de uma dada categoria de trabalhadores. Na história do Brasil, no entanto, o Estado procurou, desde Vargas, controlar e domesticar os sindicatos, intervindo na sua vida cotidiana, controlando suas finanças, cassando suas diretorias quando necessário.
Isso não impediu, de qualquer forma, que alguns sindicatos oficiais conseguissem, na prática, uma certa autonomia e representassem de maneira autêntica suas categorias, como o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e outros, inclusive no Rio de Janeiro.
Quanto à proibição de sindicatos oficiais de funcionários públicos, o argumento (facista) se baseava na pretensa neutralidade das estruturas do Estado: se o Estado não é patrão, se ele não é adversário dos trabalhadores, por que razão os funcionários públicos precisariam de um sindicato? Para protege-los contra quem?
Pois bem, antes mesmo que fôssemos atacados pelas bombas de Moreira Franco, esta argumentação já havia sido completamente desmoralizada e ridicularizada. Durante anos, portanto, os professores públicos possuíram associações que, na prática, se construíram como sindicatos livres da tutela do Estado: este é o caso do Sepe/RJ.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação se legitimou no dia-a-dia das lutas travadas pelos educadores do Rio de Janeiro. E a sua história revela um pouco dos passos que a categoria deu até conquistar legalmente seu sindicato.
Em 1977 era criada a Sociedade Estadual dos Professores (Sep), que, em 24/07/79. se fundiu com a União dos Professores do Rio de Janeiro (Uperj) e com a Associação dos Professores do Estado do Rio de Janeiro (Aperj), criando o Cep - Centro de Professores do Rio de Janeiro, uma entidade