Sentimento e razao

SENTIMENTO E RAZÃO

Rogério Coelho

“Sentimento e razão: duas forças resultantes da parceria do coração

e do cérebro que conferem a resignação e a obediência, que são

importantíssimos componentes da equação de nossa evolução.”
- François C. Liran

Segundo Lázaro[1], “A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair”. Ensina Cairbar Schutel[2]: “O homem é um ser dotado de razão e sentimento. São estes os dois pólos da Vida Psíquica através da qual se realça o eixo do Ideal mantenedor da evolução gradativa do Espírito! O homem é um ser polarizado pelo raciocínio e vivificado por sentimentos de virtude, por afetos que o prendem à Fraternidade e só quando usa esses atributos em busca da Verdade, ergue-se, dignifica-se, eleva-se e santifica-se... Fora dessa esfera de ação e de educação o homem é besta! Besta porque não sente, porque não pensa! Pensar é existir; assimilar afeições, virtudes, amor; é viver. Há criaturas que pensam; outras que sentem. Uns e outros estão nos primórdios da Vida. É preciso, entretanto, que o pensar seja acompanhado do sentir, porque o pensar sem o sentir e o sentir sem o pensar, são faculdades abstratas que encaminham a Alma para o grande Ideal, mas não a liberta completamente da ignorância e do atraso. Na Alma livre o pensar se completa com o sentir, e o sentir com o pensar, porque a Verdade não teme o erro, a luz não pode ser absorvida pelas trevas. Todos os grandes pensamentos só podem ser assimilados depois de sentidos, e todos os nobres sentimentos só podem ser compreendidos depois de pensados. Quando Descartes