Sentido existencial x Trabalho
O comportamento humano, na sua complexidade, se vê afetado por diferentes vetores. Num momento são os vetores familiares, como um pai amoroso ou negligente, uma mãe autoritária ou respeitadora das iniciativas dos filhos; noutros momentos são os vetores orgânicos, somados aos impositivos genéticos, biológicos, predispondo à harmonia ou à distonias pré-programadas desde o momento da concepção. Somados a estes, ainda temos a incidir sobre o comportamento de homens e mulheres os fatores antropológicos, aqueles que dizem respeito às nossas heranças originadas dos traços de culturas específicas, que reúnem os indivíduos em comunidades que sobrevivem ao tempo. Ao lado e em interação com os demais, aparecem os fatores espirituais, originados antes mesmo da concepção, ora incidindo como fontes de bem-estar, de harmonia e equilíbrio, ora como fontes de desditas de difícil resolução. Neste amplo espectro de influências, sem dúvida, não poderiam faltar dentre os determinantes externos que incidem sobre a esfera comportamental os condicionamentos sociais. Estes respondem pelas alterações estruturais da sociedade, de tempos em tempos, pelas mudanças econômicas, pelas modificações na forma de pensar da coletividade, a constituir novas subjetividades, as quais interferem e noutras vezes determinam o comportamento individual. As alterações sociais, dessa forma, se fazem elementos muito importantes em uma dada época e período da evolução humana, podendo ser fonte de otimismo e esperança ou, então, devido às crenças cultivadas, as idéias e discursos preponderantes, serem fontes de pessimismo e de desânimo para homens e mulheres de um dado momento histórico. Os desencaixes sociais a anunciar a crise No início do século XX, uma série de transformações sociais abalaram fortemente as estruturas da sociedade moderna, na qual a ordem era uma de suas principais