sentido da colonização

RESENHA DO TEXTO
SENTIDO DA COLONIZAÇÃO – CAIO PRADO JÚNIOR

O autor inicia seu livro abordando o que é Brasil, o que o tornou da forma que o conhecemos e o porquê está da forma que é hoje. Ele utiliza-se de uma lógica que é conhecida como Marxismo, procurando um sentido, uma estrutura para o encaminhamento dos acontecimentos. Ele busca uma explicação indo até Portugal em tempos anteriores ao descobrimento, explicando que, ao acaso, os portugueses acabaram aqui e demoraram quase 40 anos para, de fato, iniciar o processo de colonização que, ao contrário dos franceses, é demasiado demorado, pois não utiliza-se somente de força mas de algo que nós, brasileiros, herdamos – o famoso “jeitinho português”, que aqui chamamos de “jeitinho brasileiro”.
Prado Júnior (1977) conta que:
O sentido da evolução pode variar; acontecimentos estranhos a ele, transformações internas profundas do seu equilíbrio ou estrutura, ou mesmo ambas estas circunstâncias conjuntamente, poderão intervir, desviando-o para outras vias, até então ignoradas. Eles se utilizavam desses modos de produção para angariar maiores riquezas. Onde os modos de produção se embasaram na política, na jurisdição e na economia. Por ser um país de economia agroexportadora, Portugal gerava muitos insumos, com o mercantilismo, por estar sempre em movimento em outros continentes, podia assim trocas bens, mercadorias ou escravos por coisas que gerassem ou agregassem valor às riquezas já conquistadas.
A ideia de colonizar outros continentes veio com a intenção primeira de extrair toda riqueza material que aquele local possuía. No caso do Brasil, isso se deu quando praticavam primeiramente o escambo com os índios, para conseguir ouro e pau-brasil. Ainda assim, por muito tempo, a ideia era apenas ocupar para ter as feitorias. Depois iniciaram o processo de colonização não só para ter as feitorias mas, para expandir e iniciar a produção de materiais que, segundo Prado Júnior (1977) “pudessem manter as feitorias