Sentido conotativo e denotativo
Desde o momento em que nos propomos a estabelecer uma dada comunicação, temos um objetivo a cumprir: atingir nosso interlocutor mediante a efetivação da mensagem. Mas será que tal intento se encontra condicionado a fatores que o determinam?
Antes de darmos vazão ao assunto que ora se firma, devemos nos conscientizar de que essa interlocução somente irá se realizar se houver clareza mediante a enunciação, de modo a cumprir todas as finalidades às quais se propõe o emissor. Para tanto, as escolhas lexicais desempenham fator primordial neste processo. Ora, um texto, concebido em seu sentido literal, constitui-se basicamente de palavras. Assim, escolhê-las e empregá-las de acordo com os propósitos comunicativos é sinal de competência lingüística. O termo “lexical” origina-se de “léxico”, que, por sua vez, remete à idéia de vocabulário. Dessa forma, quanto mais apurado se apresentar, melhor será o desempenho mediante as situações comunicativas cotidianas, sejam estas relacionadas à fala ou à escrita. Mas de nada serve um vasto léxico se não formos hábeis para organizar nosso pensamento (no qual as idéias devem se mostrar dispostas num encadeamento lógico-semântico, de modo que as estruturas lingüísticas constituam um todo coerente).
Dessa forma, não há como falarmos noutra coisa, senão em habilidades. Assim, nossas escolhas lexicais se encontram intimamente relacionadas a elas, a depender de nosso conhecimento acerca de alguns aspectos presentes no universo gramatical. Entre algumas noções, destacamos:
- Conhecimentos semânticos, de modo a empregarmos uma dada palavra de acordo com o sentido que ele representa (noções de sinonímia, paronímia, antonímia, homonímia, entre outras)
- Familiaridade com os aspectos denotativo e conotativo impressos nas palavras das quais fazemos uso. Tal habilidade tem tudo a ver com a finalidade comunicativa a que se dispõe o enunciador, haja vista que ora poderá